Próxima ao CAOS.
Rio Pardo vive a pior enchente da sua história.
“Eu nunca vi nada igual”: A frase ecoa em uníssono pelas ruas da histórica Rio Pardo nos últimos 2 dias; definitivamente, os piores desde o temporal de 2015, que matou duas pessoas e causou danos estruturais em toda a cidade. Apesar de registrar grandes enchentes ao longo dos anos, a chuva torrencial, seguida das cheias dos rios Pardo e Jacuí, alagou e inundou pontos onde a água jamais havia chegado. Ramiz Galvão, Guerino, Higino Leitão e Parque São Jorge, são bairros onde a água invadiu casas como outrora não acontecia. E é exatamente por este motivo que a enchente registrada em 1941 é menor que a de 2024. Na rua Rafael Pinto Bandeira, que dá acesso ao cais do porto, na praia dos Ingazeiros, o rio Jacuí deixou submersas casas há quase 1km de distância do leito do rio. A Praça da Ponte, Boa Esperança e a praia dos Ingazeiros, registram volumes históricos.
Serviços.
A CORSAN tem dificuldades em manter o abastecimento. Mesmo assim, enviou um “caminhão pipa” para abastecer o Hospital Regional do Vale do Rio Pardo. Muitos rio-pardenses terminaram a sexta-feira sem água.
Ilhados.
Muitas pessoas necessitam de água, remédios de uso contínuo, alimentos e outros mantimentos nas localidades do interior, que estão isoladas, principalmente, com a cheia do rio Pardo, que bloqueou a ERS 403. A Patrulha Ambiental, o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil e voluntários, estão levando os mantimentos com vários tipos de embarcações.
Ponte sobre o Jacuí.
Foi interrompido o trânsito às 19h desta sexta. A ligação entre Rio Pardo e Pantano Grande, na BR 471, vai passar por nova avaliação do DNIT neste sábado.
Desalojados.
Mais de 1500 pessoas já deixaram suas casas. Os paradeiros são espaços populares espalhados pela cidade, além de casas de familiares. A defesa civil alerta para que, em risco de ter a casa atingida pela água, entrar imediatamente em contato com as equipes de resgate. Os voluntários fazem um trabalho incansável neste processo.
IMAGENS – TÂNIO MACHADO